“E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.”
Romanos 7.10
O “Cristão” atual é muito diferente do original. Faço questão de escrever “Cristão”, dessa forma, porque o significado que esta palavra carrega, atualmente, se distanciou demais da sua etimologia, do seu sentido. “Cristão” não bebe. “Cristão” não fuma. “Cristão” não ouve musica secular. “Cristão” não fala palavrão. “Cristão” não acha graça dos outros, porque não se assenta na roda dos escarnecedores. Esse é o “Cristão”. Tão vivo quanto uma estátua pode ser.
Paulo nos fala deste mandamento, que era para vida, mas ele achou que era para sua morte. Paulo enxergou os mandamentos sob a perspectiva do “não”. Ele era fariseu, criado aos cuidados de Gamaliel. Estava acostumado a coar mosquitos e engolir camelos. Quando enxergamos os mandamentos sob esta perspectiva, encontramos um monte de morte. Olhamos apenas para o que devemos deixar de fazer. Morrer é deixar de fazer. Morto faz tudo o que o “Cristão” faz, ou seja: Não faz nada. Se é apenas para deixar de beber, fumar, drogar e se prostituir, mate o cidadão! Te garanto que isso torna tudo mais fácil.
Quando entendemos que toda morte, no cristianismo verdadeiro, é para gerar vida, todo processo de paralisação será destruído. Eu paro de beber, mas começo a orar. Eu paro de semear contendas, mas começo a pregar o Evangelho. Eu paro de me prostituir, mas começo a amar a pessoa incondicionalmente, independente do que ela possa me oferecer. O mandamento não é para a morte. O mandamento é para vida. Então viva. Se a morte que há em você não está gerando vida, comece a orar nesse sentido. É possível que não seja uma morte que deva ser morrida. Se o grão de trigo morre, ele deve produzir fruto. Se não produz fruto, pode ser que não seja um trigo morrendo. Talvez uma pedra. Talvez uma casca vazia. Mas não uma semente.
Vinícius Santos Albuquerque
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