“Porque não me envergonho do Evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Pois nele se revela a justiça de Deus de fé para fé, como está escrito: ‘Mas o justo terá vida e viverá por fé’.”
Romanos 1.16-17 (Versão Restauração)
Não sei se você já percebeu, mas o cristianismo do Brasil está em reforma. Não há um estado brasileiro em que não se fale de retorno às Escrituras, das doutrinas bíblicas da graça, de homens como Spurgeon, Edwards, dos puritanos em geral. Acredito que isto é resposta de tantos anos de oração por avivamento. As bases estão sendo construídas. Há, porém, um erro muito comum em que caímos quando se fala da graça de Deus.
Tenho ouvido alguns pregadores falarem da graça de Deus sem criar a base dela, que é a justiça de Deus. A justiça de Deus é a base da graça. Por isso, para falar da salvação, para falar da graça, para pregar o evangelho em meio aos romanos (Romanos 1.15), Paulo começa falando da justiça de Deus. O Evangelho é o poder de Deus para salvar todo o que crê. Este “todo” significa “toda raça”, demonstrando que ninguém é salvo por ser judeu, grego, etíope ou brasileiro. A seguir, Paulo diz que a razão de o Evangelho ser o poder para salvar é a seguinte: O Evangelho revela a justiça de Deus. Esta revelação tem a sua origem na fé e precisa encontrar fé no coração de quem a recebe para se estabelecer como poder salvador.
Acredito que não entendemos a profundidade destes versos. Paulo está dizendo que o Evangelho só é poder para salvação quando revela a justiça de Deus. Se a justiça de Deus não é revelada no evangelho que você prega, não é o Evangelho que você está pregando. Simples assim. Se o seu evangelho não revela a justiça de Deus, não há poder salvífico nele! Na versão Restauração da Bíblia, encontrei um comentário interessante:
“Em João 3.16, o amor de Deus é a origem e o motivo da salvação de Deus. Em Efésios 2.8, a graça de Deus é o meio da salvação de Deus. Aqui, a justiça de Deus é o poder da salvação de Deus. A justiça de Deus, que é sólida e firme, é o fundamento do Seu trono (Salmos 89.14) e é a base na qual está edificado o Seu reino (Romanos 14.17). Legalmente, tanto o amor como a graça podem oscilar, mas a justiça não; muito menos a justiça de Deus. É a justiça de Deus, não a nossa, que é revelada no Evangelho de Deus. Portanto, o evangelho é o poder de Deus para salvação de todo o que crê”
Witness Lee, Novo Testamento Versão Restauração, 2008, Primeira Edição
O amor e a graça oscilam se não forem construídos sobre a rocha da justiça de Deus. Tornam-se libertinagem. Mas quando o amor e a graça são construídos sobre a justiça de Deus, a casa, de onde os “sete espíritos” foram expulsos, fica firme, podendo passar por tempestades e angústias sem desmoronar.
Vinícius Santos Albuquerque
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